São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997 |
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Argentina exibe síntese da F-1 moderna
RODRIGO BERTOLOTTO
Na pista sinuosa do autódromo Oscar Galvéz, aquele que larga primeiro tem meia vitória garantida. A F-1 privilegiou a segurança, aumentando o número de curvas, limitando a habilidade dos pilotos para poucos momentos. Mas os traçados cada vez mais travados da F-1 (chamados de Mickey Mouse na gíria automobilística) não são a única explicação para a diminuição das ultrapassagens. A tendência também é motivada pela atual aerodinâmica, que diminuiu a ajuda do "vácuo". Pilotos e dirigentes sabem disso e discutem uma solução. "Não há mais disputa na pista. Quando me aproximo do carro que está na minha frente, tenho que me afastar dele dois segundos para manter a trajetória", afirma o corredor finlandês Mika Salo. Antes, ao encostar no carro da frente, os carros eram "sugados" pela menor resistência do ar. Agora, a área é muito mais turbulenta. "No circuito de Hockenheim, o piloto já recebia a sucção do da dianteira a cem metros de distância. Atualmente, você está a dez metros e nem sente que está sendo chupado", afirma Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo. Mosley faz seu "mea culpa" pela situação atual da F-1. "Se há vinte anos tivéssemos reduzido a aderência, isso haveria possibilitado a continuidade das curvas clássicas, bem abertas", afirma. Mosley aposta na proibição dos pneus lisos para reverter o quadro (com sulcos nos pneus, as freadas bruscas diminuiriam, o que facilitaria a ultrapassagem). Os pilotos são contra, argumentando que o efeito será contrário. NA TV - Globo, ao vivo, às 13h Texto Anterior: Mesmo sem praias, São Paulo abriga Campeonato Brasileiro Próximo Texto: Irvine assiste a jogo de pólo e compra cavalo; Deficientes físicos são barrados no circuito; 'Cingapura portenho' é vizinho do autódromo; Schumacher enfrenta gozação em TV local Índice |
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