São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Guia de compra

MAURO TEIXEIRA; OSCAR RÖCKER NETO
EDITOR DE IMÓVEIS

OSCAR RÖCKER NETO
O mercado imobiliário oferece hoje uma gama de possibilidades para a aquisição da casa própria como poucas vezes se verificou na história do país.
Deixando para trás a letargia dos anos 80, quando os recursos para o financiamento desapareceram e o SFH (Sistema Financeiro da Habitação) começou a ruir, o setor mostra dinamismo e busca caminhos para oferecer o que os potenciais compradores precisam: bons preços e condições de pagamento.
Em 96, os lançamentos na Grande São Paulo somaram R$ 3,65 bilhões, e o volume de vendas atingiu a marca dos R$ 4,3 bilhões.
Só em São Paulo, foram lançadas 29,8 mil unidades, número 12% superior ao registrado em 95, segundo dados do Secovi SP (sindicato das imobiliárias e construtoras).
A expectativa é que 1997 apresente resultados ainda melhores.
Caminhos
Há ofertas de imóveis dos mais variados preços e padrões, e formas de financiamento que cabem em quase todos os bolsos.
Cooperativas, financiamento direto, SFH, carteira hipotecária e cartas de crédito são os roteiros mais usados por aqueles que tentam adquirir um imóvel.
Esta edição de Imóveis apresenta as possibilidades oferecidas pelo mercado imobiliário. Deixamos para especialistas a tarefa de apontar os melhores caminhos, como se pode ver nas páginas seguintes.
Leia abaixo um resumo das possibilidades de financiamento, conforme o valor do imóvel.
* Até R$ 40 mil
A melhor opção é a carta de crédito da Caixa Econômica Federal. Mas é preciso torcer para que a tentativa de desburocratizar o mecanismo dê resultados. Outra alternativa são as cooperativas, que exigem paciência, já que o prazo de entrega de alguns empreendimentos chega a dez anos.
A novidade é o Plano Vida Nova, da construtora Rossi, que pretende abocanhar parte do crescente mercado das cooperativas.
* Entre R$ 40 mil e 70 mil
Continuam valendo carta de crédito e cooperativas, que ganham a companhia dos financiamentos pelo SFH, carteira hipotecária e os feitos diretamente pelas construtoras, como Plano 100, Plano Melhor, Sistema Fácil etc.
A poupança vinculada é outro caminho, mas também exige certa dose de paciência.
* Entre R$ 70 mil e R$ 100 mil
O mais adequado é utilizar o SFH, carteira hipotecária ou a carta de crédito para a classe média. Leasing imobiliário, companhia hipotecária e recursos externos ainda são alternativas para poucos, pois as taxas de juros são altas.
* Entre R$ 100 mil e R$ 180 mil
R$ 180 mil é o limite para quem pretende usar o SFH e, na maioria dos casos, a carteira hipotecária. A carta de crédito não impõe limite, mas financia só 30% para imóveis com valor acima de R$ 120 mil.
* Acima de R$ 180 mil
O caminho mais fácil são os financiamentos diretos, desde que a conta caiba no bolso. A carta de crédito só é indicada para quem já possui recursos próprios.

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