São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Almanaque do fim do milênio

ADRIANO SCHWARTZ
DA REDAÇÃO

Arte abjeta, conectividade, neo-historicismo, poética das passagens, antientropia, bioética, redes, neopentecostalismo. Por mais atualizado que você esteja, dificilmente conseguirá definir todos estes termos.
Ligados às mais diversas formas do conhecimento -arte, ciência, filosofia, religião, informática-, eles têm em comum o fato de terem sido criados nos últimos anos e de, muitas vezes, saltarem do espaço mais técnico a que pertencem para algumas das manifestações mais comuns do discurso cotidiano.
Para ajudá-lo na complicada tarefa de desenredar a acumuladíssima trama de conceitos com que a humanidade convive neste final de milênio, o Mais! convidou 22 professores e especialistas para escolherem e explicarem termos fundamentais em suas respectivas áreas na atualidade.
Entre os 97 verbetes publicados em 11 páginas nesta edição especial do caderno, há desde termos recentes até conceitos sobre os quais já se reflete há mais de 2.000 anos, como "verdade". Neste caso, porém, a intenção é mostrar como o conceito é entendido contemporaneamente em sua área (no exemplo, a filosofia).
A edição, que não pretende ser exaustiva, funciona como um guia introdutório ao esclarecimento do maior número possível de dúvidas. Ela prioriza algumas áreas tradicionais (como antropologia) ou que têm gerado uma grande gama de novos conceitos (como artes plásticas) e ainda as que começam a entrar no domínio comum em decorrência da revolução tecnológica (como ciência cognitiva e Internet).
Uma leitura comparativa entre os verbetes de cada área indica que algumas idéia são recorrentes. Se o conjunto de textos é uma amostra do que se pensa na época em que vivemos -época que se procura entender-, percebe-se que esse é um tempo em que o relativismo, a complexidade e a virtualidade são noções fundamentais. Relativa, complexa e virtual: será essa a nossa imagem no fim do milênio?

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