São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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'Medidas dão fim à especulação'

DA REPORTAGEM LOCAL

José Roberto de Araújo Cunha, 44, gerente de comércio exterior do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), diz que as restrições vão atingir 60% das importações brasileiras.
Segundo ele, o governo está preocupado com os resultados da balança comercial (as contas de tudo o que é importado e exportado pelo país).
"As medidas devem eliminar do mercado quem estava importando para especular", diz Cunha.
Apesar de otimista com as medidas do governo, Mauro Strengerowski, diretor da Opeco, acha que as modificações são "uma faca de dois gumes".
"Ao mesmo tempo em que expurgam pequenos empresários do mercado, as medidas do governo podem estimular o contrabando."
Ele explica: "Como até março as empresas podiam comprar no exterior, vender a mercadoria no Brasil, aplicar o dinheiro no mercado financeiro por preços até menores que os de custo e, depois, fazer o pagamento, a saída para alguns pequenos empresários será driblar as normas. Como? Praticando contrabando".

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