São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Governo poderá ter propaganda unificada

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A criação de uma nova associação de agências de propaganda está sendo discutida pelos publicitários. O ponto em comum dessas agências é terem o mesmo cliente -todas fazem campanhas para o governo federal.
A proposta da associação surgiu de negociações entre publicitários e governo. A intenção do governo ao incentivar a criação do Sistema de Acompanhamento de Atividades Publicitárias seria obter melhores serviços na área e maximizar o impacto das verbas, diz Sergio Reis, subsecretário de planejamento da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
"Nós queremos uma melhor prestação de serviços. Então, a idéia é de que as agências que nos atendem se cotizem para fazer, por exemplo, pesquisas de mercado."
Ele lembra que, na época em que era o diretor de marketing do Banco Bamerindus, há cerca de dois anos, trabalhava com cinco agências e que, quando queria um serviço extra, as agências acabavam bancando o trabalho em conjunto.
A associação também poderia, na expectativa do mercado, começar a negociar em bloco a compra de espaço publicitário para campanhas governamentais.
Reis descarta a interpretação, dada por alguns publicitários, de que criar a associação seria uma forma de estabelecer uma reserva de mercado das contas do governo apenas para as agências que fizessem parte da associação.
"Hoje, temos cerca de 40 agências trabalhando para o governo federal. Nunca foi tão grande esse número e qualquer publicitário lembra da época em que só as chamadas 'sete irmãs' atendiam o governo. Esse período acabou."
Um dos documentos que está sendo debatido pelos publicitários apresenta alguns exemplos de como a criação de uma associação -ou de um consórcio- poderia maximizar vantagens para o governo enquanto cliente.
Pesquisas poderiam ser mais amplas, abordando diversos aspectos de uma área governamental. Uma pesquisa para uma campanha de combate à dengue poderia incluir perguntas sobre a CPMF, por exemplo.
(CGF)

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