São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Arranha-céu é tema de exibição à altura

EDUARDO ALVES DOS SANTOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para contar a história do edifício Empire State, o mais famoso de Nova York, o Museum of the City of New York abre, no dia 16 deste mês, uma exposição dedicada ao marco arquitetônico da cidade.
Com mais de cem objetos, entre fotos, cartazes de propaganda, maquetes, projetos, plantas de interiores e fachadas, a mostra promete ser a maior exibição já montada sobre um único prédio.
O nome da exposição, "A Dream Well-Planned" (um sonho bem planejado), não poderia ter sido mais bem escolhido. Idealizado pelo arquiteto William F. Lamb, mentor da façanha imobiliária, o perfil do edifício se tornou marca registrada de Manhattan.
Cerca de 2,5 milhões de turistas sobem todos os anos aos observatórios do 86º e do 102º andares para apreciar a maravilhosa vista.
Em dias claros, os observatórios permitem visão de até 150 km.
Planejado no início dos anos 20, o Empire State foi parte de uma estratégia megalômana que visava trazer para a cidade o título de nova capital do mundo.
Ousadia
Erguida a uma velocidade jamais vista, a obra foi um laboratório de técnicas de engenharia. Nunca o homem ousara construir algo tão alto e, ainda por cima, habitável.
Cada metro da estrutura, que subia a uma velocidade de quatro andares e meio por semana, se transformava em assunto do dia.
A população vibrava com a construção. Nem mesmo o fato de ter sido completado no meio da maior recessão da história dos EUA, comprometeu o futuro do prédio. A falta de locatários para seus 102 andares valeu o apelido de "Empty State" (Estado vazio).
Com o final da Segunda Guerra Mundial, Nova York prometia crescer em ritmo estonteante. Foi quando, em 1945, um avião perdeu o rumo do aeroporto de Newark e bateu contra o 58º andar do prédio, matando cinco pessoas.
O acidente, que não causou nenhum dano à estrutura do Empire State, acabou motivando uma milionária campanha para popularizar o prédio.
Logo, o número 350 da 5ª avenida se tornava o endereço mais chique do mundo, sinônimo de prosperidade, visão e idealismo.

Museum of the City of New York - 1.220 5ª avenida, Nova York, tel. (001-212) 534-1672. A exposição fica aberta até 7/12. A entrada é franca, mas contribuição de US$ 5 é sugerida.

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