São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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Mar de votos; Agrado ao Nordeste; Bolsa de apostas; O nó da questão; Despertou interesse; Lógica adolescente; Poder divino; Agora, vai; Quem pariu Mateus...; Balcão à vista; Trator em descanso; Comando desfalcado; Mágoa guardada; Inimigos demais; Visita à Folha

Mar de votos
A grande obra do Ministério de Desenvolvimento Regional, que deve ser criado para o PMDB, é a transposição do leito do rio São Francisco. O custo da obra varia, mas é bilionário. FHC gostaria do retorno eleitoral no Nordeste.

Agrado ao Nordeste
A pasta de Desenvolvimento Regional deve ter como fonte principal de sustentação recursos do polêmico FEF (Fundo de Estabilização Fiscal). Daí, viriam as verbas para a mudança do curso do rio São Francisco.

Bolsa de apostas
O senador Renan Calheiros (AL) é o nome favorito do PMDB hoje para ocupar eventual Ministério de Desenvolvimento Regional. FHC perguntou a Teo Vilela (PSDB-AL) se havia problema regional. Ouviu elogios.

O nó da questão
FHC teria uma resistência a Jader Barbalho (PMDB) chamada Serjão. O Planalto estimula versão de que o senador paraense teria o estopim muito curto para conviver com um ministro que vive a dar dura nos outros.

Despertou interesse
O discurso de Francisco Dornelles (Indústria e Comércio) em um seminário anteontem na Alemanha foi considerado tão enfadonho que um empresário alemão radicado no Brasil o apelidou de "ministro Dormelles".

Lógica adolescente
De Carlos Alberto da Cruz Serpa, 14, sem-terra acampado em Iaras (SP) que estava ontem em Brasília, sobre FHC: "Ele precisa liberar as terras que não produzem para nos plantarmos para ele mesmo poder comer".

Poder divino
De Amin (PPB-SC), brincando sobre a forte chuva que caiu sobre a marcha dos sem-terra ontem em Brasília: "Nem a CNBB pode com FHC. Só mesmo um ato perfeito de conversão a Deus pode explicar essa chuvarada".

Agora, vai
O presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Roosevelt Roque dos Santos, assina hoje sua ficha de filiação ao PTB.

Quem pariu Mateus...
Em reunião ontem com tucanos, FHC reclamou que brigas como as de Inocêncio e Aécio e de Serjão e Temer o deixam muito exposto. Detalhe: o presidente da Câmara e todos os líderes foram eleitos com seu apoio.

Balcão à vista
Um governista que contabiliza votos para manter a quebra da estabilidade na reforma administrativa diz que o governo teria no máximo 308 votos. Ou seja: margem de segurança zero. Será preciso argumento sedutor.

Trator em descanso
O ministro Sérgio Motta passará uns dias na França. Para comemorar 30 anos de casado.

Comando desfalcado
Com FHC e Serjão fora do país no começo da semana que vem, há líder governista achando que será difícil encarar uma votação na Câmara para manter a quebra da estabilidade do funcionalismo na reforma administrativa.

Mágoa guardada
FHC recebeu d. Luciano, mas não perdoa o que julga crítica de má-fé. Diz que o ex-seminarista Clóvis Carvalho (Casa Civil) enviou carta ao presidente da CNBB explicando a privatização da Vale. Não houve resposta.

Inimigos demais
Interlocutor de FHC diz que ele erra ao entrar em tantas batalhas ao mesmo tempo. Problemas: articulação política, reforma administrativa, Judiciário, CNBB, briga de ministro, déficit comercial, Vale e MST.

Visita à Folha
O diretor-superintendente das Lojas Renner, José Galló, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de João Paulo Dias e de Cesar Paim, diretores da agência de publicidade Paim, Lutert, Macedo, e de Nei Bomfim, assessor de imprensa.
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O presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Manoel Felix Cintra Neto, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Luis Sérgio Tamer, assessor de imprensa.

E-mail:painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Miro Teixeira (PDT-RJ), sobre a participação de CNBB, ABI, OAB e SBPC na marcha dos sem-terra em Brasília:
- Eram todos aliados antigos de FHC. Agora, estão do outro lado da trincheira. Não podem estar todos errados. Quem está errado é o presidente.

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