São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Paraguai 'lava' cerca de US$ 20 mi ao dia
FÁBIO SANCHEZ
Os senadores brasileiros foram a Assunção para pedir auxílio do governo local para localizar doleiros envolvidos com operações investigadas pela CPI dos Precatórios. O vice-presidente paraguaio, Angel Seifard, que almoçou ontem com Requião e Tuma, mobilizou o comando da polícia federal do país para localizar pelo menos dois doleiros que interessam diretamente à CPI: os irmãos Carmen Alonso de Javier e Benício Alonso Godoy. Segundo levantamento da CPI, ambos receberam, juntos, R$ 36 milhões em cheques da IBF Factoring, de Ibraim Borges Filho, que atuou como "laranja" da distribuidora Split, de Enrico Picciotto. Benício Godoy seria o dono de uma empresa de câmbio Pantanal. A CPI acredita que ela teria sido utilizada por Picciotto para a remessa de dinheiro para o exterior. A polícia paraguaia, segundo o vice-presidente Seifard, já sabe onde estão os doleiros e tentará reuni-los para uma conversa com os senadores brasileiros hoje. Os senadores acreditam que os doleiros podem indicar quem os usou para remeter dinheiro para o exterior. Esses depoimentos poderiam incriminar empresários investigados pela CPI. Hoje, os senadores se reúnem com a superintendência do Banco Central paraguaio e apresentarão uma lista de empresas e doleiros que podem ter atuado na remessa de dinheiro para o exterior. A CPI investiga a atuação dos bancos paraguaios Banco Del Paraná (cujo maior acionista é o Banestado), o Corfan e o Amambay, que seriam os destinatários do dinheiro procedente das operações ilegais. Texto Anterior: Banco nega envolvimento Próximo Texto: Prefeitura de SP sugeriu Vetor Índice |
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