São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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Banco nega envolvimento

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A diretoria do Bradesco informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que o banco "reitera, como já foi colocado, que é um comprador (de títulos públicos) no mercado secundário."
A diretoria não quis fazer mais comentários sobre o documento elaborado pelo Banco Central sobre as operações com títulos públicos do Estado de Pernambuco, que será enviado à CPI dos Precatórios.
Segundo a assessoria do Bradesco, o banco "já esclareceu tudo" sobre a compra de títulos públicos na CPI.
Depoimento
O presidente do Bradesco, Lázaro Brandão, e o vice-presidente, Ageo Silva, prestaram depoimento na CPI no dia 7 de abril.
Brandão afirmou aos senadores que, apesar de o banco ser o comprador final dos papéis emitidos por Pernambuco, não tinha conhecimento de nenhuma operação irregular com títulos públicos.
O presidente do Bradesco também afirmou à CPI que o banco tem "como filosofia" não participar da estruturação de lançamento de títulos estaduais e municipais.
O banco apenas compraria os papéis de outras corretoras após a sua emissão.
Ageo Silva justificou a "filosofia" da instituição, afirmando que no mercado secundário o papel se torna mais conhecido, ganhando então seu valor de mercado.
"No mercado secundário há mais transparência", disse Silva ao senadores da CPI.
Lucro
O Bradesco lucrou, segundo o BC, R$ 250 mil na compra e venda de três lotes de títulos. O banco vendeu os lotes ao fundo de investimento administrado pelo próprio Bradesco.
Boavista
O Boavista informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem conhecimento do documento preparado pelo Banco Central.
A assessoria de imprensa do banco afirmou ainda que o Boavista só vai se pronunciar sobre o relatório quando for comunicado oficialmente sobre suas conclusões.

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