São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Polícia apreende cocaína com 'grife' em SP
OTÁVIO CABRAL
A apreensão foi feita na noite de anteontem, em uma casa na Vila Caiçara, em Praia Grande (82 km a sul de São Paulo). O delegado Itagiba Franco, titular da 1ª delegacia do Denarc, afirmou que os cartéis colombianos costumam personalizar a cocaína que produzem colocando "logotipos" nas embalagens. Prisão Foram presos na casa o comerciante José Ferreira da Silva Filho, 28, o ajudante Belarmino Joaquim da Silva, 22, e o adolescente M.G.O., 14. Eles estavam na casa na hora da apreensão e foram apontadas como os donos da cocaína. Em depoimento à polícia, os três negaram as acusações. Eles se negaram a dar entrevistas. O destino final da cocaína, segundo Franco, seria Iracema Guedes de Rezende, acusada de liderar o tráfico de drogas em todo o Litoral Sul de São Paulo. A polícia acha que José Ferreira e Belarmino foram à Bolívia buscar a droga, que seria entregue à Iracema. A acusada não havia sido presa até a noite de ontem. Conexão litoral O Denarc apreendeu outros 32 quilos de cocaína em Mogi das Cruzes (50 km a leste de São Paulo), na noite de quarta-feira. Metade da droga, segundo a polícia, estava na casa do comerciante Severino da Silva, 45, no bairro Brás Cubas. A outra parte foi achada em um galpão abandonado na rodovia Índio Tibiriçá, também em Mogi. Além de Silva, foram presos os caminhoneiros Roberto Arieiro Dantas, 31, e Hélio Bittencourt da Silveira, 41. Eles teriam trazido a droga do Paraguai e estavam em um shopping center da cidade esperando o pagamento pelo transporte, que seria feito por Silva. Os três acusados não quiseram dar declarações. Segundo o delegado Itagiba Franco, a droga vinha do Paraguai e passava pelo Mato Grosso do Sul antes de chegar a São Paulo. Então, a cocaína seria misturada e vendida para usuários nas cidades da região do ABCD e do Litoral Sul de São Paulo. Franco afirmou que o quilo da cocaína pura está avaliado em cerca de R$ 6.000. Os 62 quilos apreendidos valeriam R$ 372 mil. Texto Anterior: Prefeitura cria o Deda-Porcalhão Próximo Texto: Camelô vendia droga em bala Índice |
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