São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997 |
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Empresas mantêm planos de importação
FÁTIMA FERNANDES
Para 51,9% das consultadas, a saída para continuar comprando produto no exterior será negociar prazos mais longos -acima de 360 dias- e ainda ampliar as cartas de crédito. Para 33,1% delas, a alternativa será absorver custos do pagamento à vista das importações ou ainda repassar esses aumentos de custos para os preços. A Philips, por exemplo, informa que paga à vista para a matriz a sua importação e que continuará trabalhando dessa forma. Os importados representam cerca de 15% da receita da Philips. Na Walita, empresa do grupo, a linha estrangeira participa com pouco menos de 20% do faturamento. Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia da Fiesp, acha, no entanto, que as recentes medidas "certamente terão algum efeito". "Há muita importação de matéria-prima, por exemplo, que era financiada. Mesmo assim, ainda é cedo para avaliar o impacto." Estoques Tabacof diz que o nível de estoque das fábricas muda a cada mês. "Percebemos que em um mês a venda foi maior do que a produção, mas no outro a produção é que foi maior do que a venda. Não há nada de excepcional." Para Tabacof, as empresas mais atentas quanto à formação de estoque. Por essa razão, diz, a probabilidade de erro é menor. A Mallory, especializada em eletroportáteis, informa que os estoques estão de acordo com o previsto pela empresa por causa de um ajuste feito no início do ano. "Percebemos que a venda da linha de ventilação não seria tão boa quanto o previsto. Assim, optamos por reduzir em 20% a produção", conta Giovanni Cardoso, diretor comercial. Ele diz que a Mallory vendeu no primeiro trimestre deste ano 31% mais do que em igual período do ano passado, entre liquidificadores, batedeiras de bolo etc. (FF) Texto Anterior: Empresas podem pedir devolução Próximo Texto: Só 21,6% planejam ampliar contratações Índice |
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