São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Barreira burocrática; De fora; Ganhando tempo; Progressão geométrica; Na zona de perigo; Feito mordomo; Impacto necessário; Fila no interior; Circuito integrado; Como imã; Base produtiva; Mudando a balança; Peso eletroeletrônico; No centro; Na periferia; Otimismo externo; Atravessando a fronteira; Cruz e caldeira

DE FORA

Barreira burocrática
Um em cada dez produtos da pauta de importação precisa, agora, de LI (Licença de Importação, uma autorização prévia), diz o Sindicomis (que representa os comissários de despachos).

Ganhando tempo
"A promessa era de a lista não ultrapassar 5% da pauta", diz Haroldo Piccina, do Sindicomis. Completa: "As LIs demoram, em média, 15 dias para ser liberadas".

Progressão geométrica
O déficit em conta corrente saiu, em 94, da casa do US$ 1,7 bilhão para chegar, nos 12 meses completados em março, a US$ 27,7 bilhões, calcula Alberto Furugem, da MacroAnálise.

Na zona de perigo
Segundo Luís Fernando Lopes, economista-chefe do Banco Patrimônio e responsável por Brasil na Salomon Brothers, para não complicar o balanço de pagamentos, o PIB só pode crescer, por enquanto, 3,2%. Está crescendo 5,5%.

Feito mordomo
Indagado sobre quais medidas o governo vai adotar, Lopes comparou: "Lembra do filme 'Casablanca'. No final, o chefe da polícia manda prender os suspeitos de sempre". Ou seja, crédito ao consumo, consórcios etc.

Impacto necessário
Nas contas do mercado, as medidas do governo têm de produzir uma queda no déficit comercial da ordem de US$ 4 bilhões. Hoje, o rombo é estimado pelo mercado em US$ 15 bilhões.

Fila no interior
O Wal-Mart começa hoje a selecionar os funcionários de sua loja em Bauru, interior de São Paulo. Serão 500 os escolhidos.

Circuito integrado
O BNDES quer financiar 70% dos investimentos que as ganhadoras da banda B de telefonia terão de realizar (total estimado em US$ 6 bilhões) e trazer para o país a fabricação de componentes.

Como imã
A força de atração usada pelo BNDES será o juro. Vai cobrar pelo empréstimo Libor ou TJLP mais 2%. "Vamos praticar taxas internacionais. Temos bala na agulha", diz Paulo Melo, gerente do setor eletrônicos. O usual é cobrar a TJLP mais 3% a 6% ao ano.

Base produtiva
Com produção de TVs estimada em 10 milhões de unidades para 97, o BNDES acredita que o Brasil tem hoje escala para comportar indústria de componentes eletrônicos "sem nenhum artificialismo".

Mudando a balança
A aposta do BNDES é que empresas de componentes no Brasil poderão ter como alvo o mercado latino. O efeito esperado: menos importações e mais exportações.

Peso eletroeletrônico
Balança comercial do setor eletroeletrônico em 96: importações de US$ 2,1 bilhões e exportações de US$ 187 milhões. O setor respondeu por 36% do déficit comercial.

No centro
Segundo a Salomon Brothers, o Fed (banco central dos EUA) vai subir os juros de 0,50 a 0,75 ponto nas próximas 12 semanas.

Na periferia
Se o pior cenário para as taxas dos EUA se confirmar, analistas consideram que o BC brasileiro terá de subir nominalmente o juro. Mas só no segundo semestre.

Otimismo externo
O Brasil vai se tornar o maior emissor de ADRs da América Latina dos próximos 12 meses, ultrapassando o México e Argentina, prevê o J.P. Morgan.

Atravessando a fronteira
Para Bandeira de Mello, da Abifarma, a lei de patentes argentina fará com que as múltis de remédios se instalem no Brasil. "O prazo de cinco anos de adaptação da lei deles não é bem-visto."

Cruz e caldeira
Horácio Lafer Piva, da Fiesp, diz que o empresário industrial brasileiro está diante de dois "fantasmas: o da desindustrialização e o da desnacionalização".

E-mail: painelsa@uol.com.br

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