São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Brasileiros duelam pela velocidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Gustavo Borges e Fernando Scherer travam hoje o duelo para definir quem é mais rápido do Mundial de natação em piscina curta, em Gotemburgo (Suécia).
E não terão a sombra do russo Alexander Popov, recordista mundial (21s50) e ouro em Atlanta-96. Nesta prova, Scherer conquistou a medalha de bronze.
Popov agora está fora da disputa por causa de problemas físicos.
Para alcançar o lugar mais alto do pódio, os dois terão que superar outro rival, o venezuelano Francisco Sánchez (leia ao lado).
Ontem à tarde, os brasileiros fariam uma prévia participando dos 100 m livre, prova na qual Borges conquistara o bronze em Atlanta.
"O resultado nos 50 m é surpresa. Não sei como me sairei", diz Gustavo Borges, que tenta neste Mundial conseguir um aproveitamento de 100%, ou seja, subir ao pódio em todas as provas individuais que disputar.
Na quinta-feira, ele havia conquistado o ouro nos 200 m livre, com o tempo de 1min45s45.
Fernando Scherer, por outro lado, toma a prova de hoje como a chance de provar que está recuperado fisicamente.
Scherer enfrentou problemas com tendinites (inflamações nos tendões) nos ombros e joelhos.
Já em Gotemburgo, durante a fase de aclimatação, foi vítima de uma forte gripe.
"Estou me sentindo superbem. Pude descansar bastante nesta semana e vou cair na água para fazer o melhor", afirma Scherer.
Scherer tem chance de conquistar outra medalha na prova de revezamento 4 x 100 m nado livre, na equipe que tinha definida os nomes de Alexandre Massura e André Cordeiro. Com a participação de Borges, a equipe venceu no último Mundial, realizado no Rio.
Na marra
Luiz Lima e Alexandre Angelotti se classificaram para a disputa da final A dos 1.500 m livre apenas depois que os técnicos brasileiros entraram com um recurso junto à Federação Internacional.
Lima e Angelotti, respectivamente oitavo e décimo do ranking mundial, foram relacionados juntamente com o inglês Graeme Smith (bronze em Atlanta), como sendo atletas com tempos que jamais constaram para a entidade.
A Fina reconsiderou a decisão e incluiu os três na prova.
O Brasil encerra sua participação com Maurício Cunha, nos 200 m medley, e Alexandre Massura e Leonardo Costa, nos 100 m costas.

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