São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Psicóloga deixa finanças por flats

DA REPORTAGEM LOCAL

O boom do setor de flats em São Paulo animou vários investidores a entrar no mercado. O rendimento é considerado bom, e o investimento, seguro.
Maria Lígia Abreu Glinternick, 46, abandonou há cinco anos uma rentável atuação no mercado financeiro para se dedicar à supervisão de flats.
Desde então, comprou 12 unidades, que hoje são a sua principal fonte de renda.
Segundo Lígia, que é psicóloga mas não exerceu a profissão, o rendimento mensal é de 1,5% sobre o valor do imóvel. Ela não entra no "pool".
No sistema de "pool", cada proprietário recebe uma parcela sobre o total que foi alugado no prédio no mês -independentemente de ter sua unidade alugada. O rendimento médio é de 1%.
Fora do "pool", o investidor tem maior retorno, mas corre o risco de não alugar o imóvel. O rendimento é integralmente seu. Pode atingir até 1,8%.
Maria Lígia não teme uma superoferta no setor "porque o mercado para os flats já ocupados está crescendo muito".
Segredo
Já Midori T. (que prefere não dizer o sobrenome), 51, decidiu investir em flat no ano passado.
Informada por amigos, comprou duas unidades, uma na Vila Clementina e outra, no Ipiranga (ambas na zona sul). As duas custaram cerca de R$ 88 mil.
Hoje, ela tem um retorno mensal de 1,4% sobre o capital investido e está satisfeita. "É um investimento seguro. Se o preço do aluguel cair, posso vender o imóvel." Segundo ela, cada unidade vale hoje em torno de R$ 50 mil.
Midori, que é viúva e tem três filhos, trabalha com turismo. Ela diz que o rendimento dos flats entra no orçamento doméstico.

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