São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Há vagas em galeria de supermercado

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A ampliação das grandes redes de supermercado abre espaço para pequenos empreendedores que queiram ter um negócio nos "strip centers".
Introduzidos no país em 1975 pela rede francesa Carrefour -hoje com 47 lojas-, esse comércio se concentra num corredor ou numa galeria no supermercado.
Segundo Caio Mattar, 40, diretor-executivo do Grupo Pão de Açúcar, um hipermercado registra 300 mil compras por mês, em média. "Isso significa 600 mil pessoas passando pelas lojas que ficam dentro do supermercado."
A rede O Barateiro inaugura uma unidade em Cotia (região da Grande São Paulo) no final deste mês.
João D'Almeida Filho, 46, diretor de marketing, diz que os 13 espaços estão completos, mas a rede já prevê uma ampliação que depende da aprovação da prefeitura.
Sem lucro
Nas próximas plantas, como em Itatiba (90 km ao norte de São Paulo), que fica pronta no segundo semestre, de acordo com D'Almeida Filho, haverá espaços para lojistas.
"Nosso objetivo não é ter lucro. Queremos pessoas do ramo para trabalharmos o cliente", afirma.
O Barateiro não cobra luvas ou taxa de adesão para quem quer entrar no supermercado. O espaço é vendido para o lojista por preços que variam segundo o m2 comercial da região. Em Cotia, por exemplo, o preço do m2 é de R$ 25.
A rede Cândia também está apostando na parceria com pequenos empresários para montar seus "centros de serviços".
A empresa prevê a abertura de uma nova loja neste ano, ainda sem local definido, onde haverá espaço para abrigar de 30 a 50 lojistas, segundo Roger Skuropat, diretor de marketing.
No Cândia do Morumbi (zona sul de São Paulo), aberto no final do ano passado, há 40 unidades, entre sapataria, cabeleireiro e lavanderia. Nesse centro de serviço, o preço médio do aluguel pago pelos lojistas é de R$ 3.000 mensais.

LEIA MAIS sobre supermercados na pág. 9-12

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