São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997 |
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Atriz troca papel de amante por personagem solteirona
CRISTIANA COUTO
"Dorothy está sendo um laboratório, minha primeira criação de verdade", diz. Flávia Alessandra teve sua primeira chance na televisão em 1989, ao ganhar um concurso no "Domingão do Faustão" para uma ponta na novela "Top Model". Depois de pequenas participações em "Mico Preto" (1990), "Sonho Meu" (1993) e "Pátria Minha" (1995) -nas duas últimas roubando os namorados das protagonistas- a atriz se diz amadurecida. "Estou mais segura, com mais ousadia para interpretar." Ousadia é a palavra de ordem para a mudança de comportamento de Dorothy, que faz um par "anti-romântico" com Hércules (Marcos Winter). Numa noite em que o fenômeno raro da "lua dupla" enlouquece o elenco da novela (o capítulo vai ao ar dia 28 de maio), Dorothy vê sua única chance de sair do "caritó". "A recatada Dorothy tasca um beijo em Hércules, diz que gostou e pede mais", revela. Mas Dorothy cai de novo no esquecimento, pois descobre que Hércules é casado e fica deprimida. Flávia Alessandra não sabe o destino de seu papel, mas considera a personalidade de Dorothy -constantemente humilhada pelo pai (o político Pitágoras, interpretado por Ary Fontoura)- um tipo que veio para ser desmistificado. "A Dorothy não é uma pessoa anormal para ficar sem sua cara-metade", comenta. "Sua personalidade tímida tem a ver com um pai repressor e é importante mostrar que tem muita gente nessas condições", completa. Casada há cinco anos com Marcos Paulo, diretor-geral de "A Indomada", a atriz diz que o ritmo leve das gravações de seu personagem permite sua investida em outros campos. "Danço jazz e durante o dia saio muito." Mas seu campo de atuação parece estar tomando outro rumo. "Estou prestando o exame da Ordem dos Advogados do Brasil e pretendo trabalhar com direitos autorais", confessa a futura advogada. Texto Anterior: Coppola cria clone de 'Arquivo X' Próximo Texto: Fábio Assunção 'vira' rastafári Índice |
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