São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997 |
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Transporte coletivo local carrega tradição
EDSON FRANCO
Primeiro passo: sempre saia sabendo exatamente onde quer ir. Diferentemente de cidades como São Paulo, o transporte coletivo londrino não cobra tarifa única. Ou seja, quanto mais longo o trajeto, mais cara é a tarifa. Segundo passo: procure carregar uma boa quantidade de moedas, indispensáveis em estações de metrô com bilheteria eletrônica e úteis na hora de pagar o ônibus. Metrô Chamado localmente de "tube", o metrô londrino conta com 273 estações, o que é uma bênção -ao contemplar os principais pontos da cidade- e uma maldição -na hora de o iniciante tentar entender o emaranhado de linhas e calcular o número de baldeações até a estação desejada. Domínio do inglês mais elementar é necessário para adquirir um bilhete sem o auxílio de ninguém. Prostrado diante de uma máquina, você é convidado a selecionar o tipo de bilhete (adulto, criança, simples, duplo ou diário) e a estação desejada. Depois, a máquina informa o preço, indica como pagar e se há troco. Vencidas essas etapas, seu prêmio (o bilhete e o troco) sai por um orifício situado na parte baixa da máquina. Se você não se informou previamente, mapas espalhados pelas paredes informam as conexões necessárias para chegar ao ponto desejado, e, de repente, o complicado vira simples. Por volta da quarta viagem você já é doutor em metrô londrino. Beliches sobre rodas Charmosos, marcantes e desconfortáveis, os ônibus de dois andares são a melhor maneira de circular por Londres e admirá-la ao mesmo tempo. Tanto lá como cá, os motoristas param quando alguém estica o braço e o dedo indicador. Na porta, você vai encontrar um sujeito com uma maquininha no pescoço. Passe por ele e tome seu assento. Mais tarde, você vai descobrir que aquele sujeito da porta é o cobrador. Ele virá até o seu banco e emitirá o bilhete. Você deve informar o local onde quer descer. Para não correr o risco de pagar uma multa, guarde o bilhete até o fim da viagem, pois pode haver fiscalização. Esse procedimento também se aplica ao metrô. Até por curiosidade, vale a pena fazer algum trajeto a bordo de um dos espaçosos táxis londrinos. Cortesia e conhecimento da cidade são atributos comuns à maioria dos motoristas. Faça o sinal. O motorista vai parar e abrir a janela para que você informe o destino. Quando ouvir o "yes", embarque. Na chegada, desça e pague a corrida em pé, do lado de fora do veículo. Com o valor da libra nas alturas, até que as tarifas de táxi não são tão absurdas. Para pular de uma atração para a outra, você gasta cerca de 4 libras. (EF) Texto Anterior: Tempo voa no interior dos museus locais Próximo Texto: Guias narram lugar-comum Índice |
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