São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Critério das notas leva a interpretação errada

DA REPORTAGEM LOCAL

A forma definida pelo MEC para chegar ao conceito de cada escola pode levar a interpretações que não correspondem à realidade.
A primeira constatação é que as escolas que tiveram A e B não tiveram, necessariamente, mais de 50% de acerto na prova.
Elas apenas se situam no grupo das 30% mais bem colocadas. Se o desempenho das faculdades da carreira foi ruim -como no caso de engenharia, que teve nota máxima 8,6 e média de 2,4- é provável que no grupo das 30% melhores estejam instituições com média abaixo de 5.
Qualidade do A varia
Outro engano possível é pensar que o nível de ensino A de uma carreira equivale ao de outra. Como o conceito não tem relação direta com o percentual de acertos na prova, nada impede que um aluno de um curso A de direito tenha tido ensino muito melhor que um A de engenharia.
O boicote ao provão também dificulta a interpretação dos resultados, com base nos conceitos do MEC. Boas escolas tiveram muitas provas em branco e ficaram com médias baixas.
Com isso, "empurraram" instituições ruins para fora do grupo das 12% piores instituições.

Texto Anterior: Nota absoluta não será divulgada
Próximo Texto: Entenda os conceitos adotados pelo MEC
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.