| São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997 |
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Entenda os conceitos adotados pelo MEC
DA REPORTAGEM LOCAL O MEC (Ministério da Educação e do Desporto) adotou um método comparativo para atribuir conceitos às faculdades. Isso explica por que, apesar da média baixa em todas as carreiras, há boa proporção de conceitos A e B nas listas.O conceito não tem relação direta com o acerto na prova. Ele espelha mais a posição da faculdade em relação às demais de sua carreira. O percentual de escolas com cada conceito foi fixado pelo MEC. O ministério definiu que o grupo de 12% de escolas com melhor desempenho ficaria com A. O grupo com os 18% seguintes de escolas mais bem colocadas ficou com B e assim por diante, conforme intervalos arbitrados pelo ministério. Pelos critérios do MEC, numa carreira com 100 cursos os 12 mais bem colocados ficariam com A; os 18 cursos seguintes teriam B; os 40 mais bem colocados a seguir ficariam com C; os 18 seguintes levariam D; e os 12 finais teriam E. Isso explica por que as três carreiras avaliadas em 96 têm percentual de escolas praticamente igual em todos os conceitos -só variando em função das escolas que ficaram sem conceito. Veja abaixo quais os intervalos fixados: A - os 12% de escolas mais bem colocadas B - as 18% seguintes C -as 40% seguintes D -as 18% seguintes E - os 12% de escolas com pior desempenho MÉDIAS - Para chegar à média de cada instituição -passo que vem antes da definição do conceito-, o MEC usou critério tradicional, somando a nota de todas as provas, inclusive o zero de provas entregues em branco, e dividindo pelo número de presentes. PARTICIPAÇÃO - Todas as faculdades que tivessem alunos se formando nas áreas de administração, direito e engenharia civil -escolhidas para a primeira edição por serem as campeãs em número de matrículas- estavam obrigadas a se inscrever. Os cursos novos, ainda sem formandos, ficaram de fora. SEM CONCEITO (SC) - Cursos com apenas um aluno respondendo à prova não puderam ter sua nota divulgada, para impedir a identificação pessoal do resultado. Em casos em que houve percalços como atraso ou sumiço das provas ou quando os alunos presentes não tiveram condições de responder às questões, o conceito resultante da correção também foi ignorado e as tabelas mostram as iniciais SC. DIVULGAÇÃO DO RESULTADO - O MEC tem a nota cravada de cada curso, mas decidiu não divulgá-la. Apenas a direção da escola receberá sua nota precisa. TITULAÇÃO E REGIME DE TRABALHO - O ministério solicitou às escolas informações sobre a titulação de professores -quantos são doutores, por exemplo- e sobre a dedicação deles ao curso -se é integral, se é de quatro horas por semana etc. Esses dados também foram sistematizados por critérios do MEC e não influenciaram a nota do provão. PÓS-GRADUAÇÃO - Os conceitos para a pós divulgados agora reproduzem os da Capes e não foram considerados na nota do provão. Texto Anterior: Critério das notas leva a interpretação errada Próximo Texto: Entenda os conceitos adotados pelo MEC Índice |
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