São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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Conselho vai intimar hospitais contra falhas no uso de soro

LUCIANA CONSTANTINO
DA FOLHA CAMPINAS

O CRF (Conselho Regional de Farmácia) vai intimar, a partir de terça-feira, hospitais de Campinas e região para se adequarem às normas de armazenamento e manipulação do NPP (Nutrição Parenteral Prolongada).
A partir de uma inspeção feita em 23 hospitais de 11 cidades, o CRF detectou problemas como falta de controle de temperatura no armazenamento do NPP, déficit de profissionais nas farmácias e inexistência de horário determinado para a entrega do produto.
Segundo o presidente do CRF, Dirceu Brás Barbano, 31, em alguns hospitais o NPP nem chega a passar pela farmácia para análise do farmacêutico.
"As inspeções deixam claro que existem falhas na manipulação e no armazenamento. Esses problemas precisam ser corrigidos, mas não é possível dizer que isso causou as mortes", afirmou.
No final do mês passado, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou a morte de nove recém-nascidos e um adulto, além de outras 25 pessoas que apresentaram reações após serem medicadas com o NPP em hospitais do interior.
As reações ocorreram em nove hospitais da região de Campinas.
Laudo
O conselho inspecionou, nas últimas três semanas, os hospitais que adquiriram NPP da empresa Tecnopharma no dia 23 de março, quando foram registradas as reações e mortes após o uso do NPP.
Barbano não divulgou o nome dos estabelecimentos fiscalizados porque eles ainda não receberam o laudo final. A partir da apresentação do laudo, os hospitais têm dez dias para regularizar as falhas.
No caso de estabelecimentos em que o NPP passa pela farmácia, os ofícios serão encaminhados aos farmacêuticos. Se as determinações não forem cumpridas, o farmacêutico pode sofrer processo.

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