São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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Laudo pericial está atrasado

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A conclusão do laudo pericial do Instituto de Criminalística está atrasada porque não foi concluído exame em pedaço de tecido encontrado no local onde o índio pataxó foi incendiado.
Com isso, apenas o laudo cadavérico do IML (Instituto Médico Legal) integrou o inquérito, que foi remetido ontem no final da tarde para a Justiça do Distrito Federal. O laudo criminalístico será encaminhado na segunda-feira.
O atraso deveu-se à dificuldade da perícia de comprovar a existência do álcool combustível no pedaço do tecido que sobrou da perna da calça usada por Galdino. Nos exames realizados até agora, o resultado foi negativo.
Se não for comprovada a presença de álcool, a perícia técnica pode sugerir que o líquido inflamável não foi jogado sobre as pernas do índio, como dizem os cinco jovens que confessaram o crime.
Ele teria sido, então, derramado em todo o corpo, com ênfase na região genital e glútea, as mais atingidas pelo fogo.
O inquérito policial foi concluído ontem, dentro do prazo legal. Nele consta a confissão de crime dos quatro jovens maiores de idade, o depoimento de 16 testemunhas, duas vistorias nos carros apreendidos e o laudo cadavérico.
Na segunda-feira, além do laudo de perícia de local, a polícia vai encaminhar à Justiça o depoimento da 17ª testemunha -o porteiro do prédio que viu os jovens trocando de carro três vezes.

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