São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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PERFIL

Rinaldo José Martorelli, 35, busca como líder sindical o sucesso que não obteve como jogador, justamente, segundo ele, por se preocupar com os direitos de seus companheiros de profissão.
Martorelli começou no infantil da General Motors, mas no ano seguinte estava no Palmeiras. Com 19 anos, após disputar seis partidas no time principal, virou profissional.
Nos dois anos seguintes, como reserva de Leão, participou de vários jogos. Foi titular entre o final de 95 e o primeiro trimestre de 87. No total, atuou em 206 partidas.
Em 1987, já desgastado por comandar os jogadores em disputas com a diretoria, viu Zetti, em ascensão técnica, tomar o seu lugar.
Em 88, foi para o Náutico. Voltou ao Palmeiras em 89 e foi afastado, até que em outubro comprou seu passe -o que considera um dos maiores erros de sua vida.
Em 1990, voltou a se destacar, pelo Taubaté. Recebeu convite para ir para o Goiás, mas não foi liberado. Aí, não se fixou mais. Jogou no São Caetano (91), Pelotas/RS (91), Goiás (92), Paysandu (92), Taubaté (93) e Esportivo de Passos/MG (94), quando se aposentou.
A partir daí, passou a se dedicar ao sindicato para o qual havia sido eleito presidente em 93. No início, tentou aproximar-se do presidente da FPF, Eduardo José Farah, para ter o apoio dele, mas isso durou pouco. Em 95, assumiu cargo como juiz classista da Justiça do Trabalho.
Martorelli ganhou maior notoriedade em 1996, ao se engajar no debate público sobre a reforma da legislação do passe, proposta pelo ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Em 96, criou um seguro de acidentes para os jogadores, inédito, mas alguns clubes impediram seu sonho de ver aprovada a primeira convenção coletiva da categoria. O caso deve ser julgado logo pelo Tribunal do Trabalho.

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