São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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Hemorragia foi causa mortis

DA "REUTER", EM LIMA

O atestado de óbito de Néstor Cerpa Cartolini dá poucas pistas sobre o homem que comandou o sequestro que atraiu a atenção do mundo por quatro meses, desde que seu grupo invadiu uma festa na casa do embaixador japonês em Lima, Morihisa Aoki, na noite de 17 de dezembro passado.
O documento, obtido ontem pela "Reuter", diz que o estado civil de Cerpa é "desconhecido" -mas sabe-se que ele tem dois filhos com uma militante do MRTA que está presa. Deixa em branco sua idade exata (menciona "cerca de 45") e ocupação.
A única coisa inequívoca no documento é a forma como ele morreu: Cerpa sangrou até a morte, diz o atestado de óbito, devido a feridas a bala sofridas durante a invasão à casa do embaixador Aoki, na última terça-feira.
Apesar de todos acreditarem que Cerpa passou os últimos anos escondido na selva central peruana, o local citado como sua residência é o sofisticado bairro de San Isidro -ou seja, o local da casa de um quarteirão em que vive o embaixador japonês em Lima, onde ele passou 126 dias com os reféns.

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