São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997 |
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"Fumódromos" podem ser ineficazes, afirma especialista Empresa que implantou sistema diz que alguns até fumam menos LUÍS PEREZ
"Caso não sejam isolados, após algumas horas o ambiente de trabalho fica contaminado de forma homogênea. Por isso, não adianta reservar áreas de fumantes e de não-fumantes." A explicação é de José Rosemberg, professor de tuberculose e pneumologia da PUC-SP. Uma das empresas que adotaram o "fumódromo" interno, numa sala de 3 m por 3 m, a Amway do Brasil (fabricante de cosméticos e produtos de limpeza), diz estar aprovando a iniciativa. "Com relação à produtividade, não estamos tendo problema", afirma a gerente de recursos humanos para a América do Sul, Dirce Vassimon, 44: "A gente pôde, com isso, constatar a responsabilidade de cada um em relação ao trabalho". Segundo ela, foi verificado que, "curiosamente, alguns até diminuíram o cigarro". Mas "fumódromos" não são novidade nas empresas. "É coisa de uma década para cá", afirma Claudir Franciatto, 46, vice-presidente do Grupo Catho. A consultoria fez uma pesquisa na qual constatou que "quem não fuma ganha mais". Segundo a pesquisa, realizada com 1.325 executivos na metade do ano passado, os não-fumantes ganham 12% a mais. Enquanto o salário médio mensal dos que não fumam era de R$ 5.831, os fumantes receberiam R$ 5.132. Uma das explicações para esse fato, segundo o vice-presidente, é que a carreira de um não-fumante tende a ser mais estável. (LPz) Texto Anterior: 'Paradinha' diária consome 6 dias de trabalho por ano Próximo Texto: Cabeleireiros "cortam" o amadorismo Índice |
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