São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Flats devem atrair mais brasileiros

MAURO TEIXEIRA
DO ENVIADO ESPECIAL A MIAMI (EUA)

Os incorporadores norte-americanos têm bons motivos para apostar no sucesso de seus empreendimentos junto aos brasileiros.
No condomínio The Point, localizado na região de Aventura (norte de Miami), por exemplo, com 1.066 apartamentos, os brasileiros responderam por 19% dos negócios no ano passado, que somaram US$ 238,9 milhões.
Já no condomínio Williams Island, que possui 1.540 apartamentos, cerca de 6% das unidades foram vendidas para brasileiros.
A participação brasileira no mercado da Flórida começou a ser mais notada a partir de 1989. Desde então, tem crescido aproximadamente 6% ao ano, em média.
Mudança de perfil
A "invasão de brazucas" tende a aumentar na medida em que também estão mudando o perfil dos empreendimentos ofertados ao consumidor brasileiro.
Antes quase restritas a edifícios de alto e altíssimo padrão, as ofertas agora incluem apartamentos de padrão médio, vendidos a preços semelhantes ou até mais baixos do que os praticados no Brasil.
Além disso, Miami deve também passar a atrair o interesse de investidores em flats e apart-hotéis.
A novidade fica por conta do edifício de flats Fortune House, será lançado amanhã, em um coquetel, em São Paulo.
O empreendimento, que será construído na avenida Brickel, terá 296 apartamentos, de um e dois dormitórios, com áreas úteis entre 70 m2 e 95 m2.
O preço das unidades varia entre US$ 100 mil e US$ 252 mil. Quando o prédio for concluído -a previsão de entrega é outubro de 98-, o comprador poderá optar pelo sistema de "pool", caso decida alugar o seu imóvel.
Entre as razões que explicam a crescente presença brasileira no mercado imobiliário da Flórida, as principais são preço e facilidade de financiamento. O Estado da Flórida abriga hoje de 100 mil a 300 mil brasileiros, boa parte deles em situação ilegal.
Boas vendas
As vendas para brasileiros seguem um ritmo bom e constante. A imobiliária Lello, por exemplo, vende por mês quatro ou cinco imóveis para brasileiros. Cada um custa US$ 200 mil, em média.
Já a Coelho da Fonseca atende mensalmente, em seu escritório de Miami, 150 brasileiros querendo comprar ou alugar um imóvel.
Num exemplo do potencial desse mercado, Gabriela Haddad, diretora da Halmoral Inc., empresa de São Paulo, diz que vendeu quatro apartamentos em Miami na semana passada -eles somam US$ 1 milhão. Segundo ela, sua empresa vende uma média de 15 imóveis mensalmente, a um preço médio de US$ 300 mil.
(MT)

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