São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997 |
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Impasse prejudica presidenciável
DE BUENOS AIRES O governador da Província de Buenos Aires, Eduardo Duhalde, poderá se prejudicar politicamente caso o assassinato do jornalista Jorge Luis Cabezas não seja esclarecido.Assim que o crime ocorreu, Duhalde garantiu que os culpados seriam presos. Ele se comprometeu a comparecer à casa dos pais de Cabezas para anunciar a resolução do caso e o nome dos assassinos. O prazo dado por Duhalde a ele mesmo terminou no último final de semana. O governador e sua assessoria estão evitando comentar o andamento das investigações, sob responsabilidade da polícia subordinada ao governo da Província. Para conseguir resultados de forma mais rápida, o governador chegou a sugerir uma redução na pena dos eventuais condenados, desde que eles colaborassem com as investigações. "A comutação da pena será para os participantes secundários", esclareceu Duhalde. Como a sugestão não gerou um efeito prático nas investigações, a iniciativa não foi levada adiante. Assessores próximos ao governador admitem, reservadamente, que seria politicamente mais interessante para Duhalde que o crime já estivesse esclarecido. Haverá eleições parlamentares no próximo dia 26 de outubro, e os adversários do governador poderão utilizar a não-resolução do crime como uma das críticas à sua administração. Passeata Na última sexta-feira, uma carreata comandada pela União dos Trabalhadores da Imprensa de Buenos Aires e por partidos de oposição protestou contra a "impunidade" e a "demora" na resolução do caso. A manifestação saiu do centro de Buenos Aires e foi até o balneário de Pinamar, mesclando buzinaços e minutos de silêncio em lembrança ao jornalista morto. A Casa Rosada, sede do governo federal argentino, foi alvo de um dos buzinaços. Texto Anterior: Caso Cabezas desafia a polícia argentina Próximo Texto: Menem lança campanha para eleição parlamentar Índice |
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