São Paulo, sexta-feira, 2 de maio de 1997 |
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Secretário possui escola privada
ROGÉRIO SIMÕES
A rede Pitágoras, com 19 unidades e mais de 30 mil alunos distribuídos por vários pontos do país, foi fundada há 31 anos por Mares Guia, que permanece um de seus proprietários, apenas afastado de funções executivas. O vice-governador acredita que a melhora do ensino público não restringe o mercado da iniciativa privada no setor. "A rede privada tem um papel supletivo", diz. Ele afirma que não deve haver uma oposição entre o ensino público e o privado e critica as políticas educacionais das décadas de 70 e 80, que, segundo ele, priorizaram apenas a expansão da rede pública em detrimento da qualidade. "Nos anos 70 e 80, a preocupação era com prédio e merenda." Para ele, a escola particular tem que se modernizar para manter sua participação no mercado, e a melhoria da rede pública levaria a essa modernização. "O dirigente de uma escola particular tem de oferecer o melhor para sua clientela, senão perde o cliente", afirma. "Aquela que não trabalhar com excelência vai fechar." Walfrido Mares Guia defende que a rede pública se preocupe em garantir um ensino de qualidade, mas sabendo que o setor privado sempre oferecerá um ensino diferenciado para a elite que quiser pagar por isso. "Nós não temos que estar preocupados com a elite; ela sabe se cuidar muito bem." Universidade Em 1989, a Constituição de Minas Gerais criou a primeira universidade estadual mineira, a UEMG. Até então, o ensino superior público no Estado era mantido apenas pelo governo federal. A Constituição estadual determinou um prazo de 90 dias para sua criação. "Ela deveria ter sido criada, mas não dessa forma", diz o vice-governador. A universidade foi formada com a reunião de dez fundações, que desde então compõem o núcleo da instituição. (RS) Texto Anterior: Projeto visa recuperar alunos repetentes Próximo Texto: Rede passa por crescimento Índice |
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