São Paulo, sexta-feira, 2 de maio de 1997 |
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Sul-africanos chegam ao Brasil
JORGE CARRARA
O forte da De Wetshof são os seus Chardonnays -alegres e frutados livres daquele exagerado tempero de carvalho que acompanha normalmente estes brancos tão em voga. Esse estilo "light" marca os exemplares da primeira leva, todos de corpo médio, delicados. O Lesca (nome da esposa de Danie de Wet, enólogo e proprietário da casa) safra 96 é um vinho ácido e nervoso, com levíssimo toque de madeira (82/100, R$ 21). Já o D'Honneur e o Bateleur (ambos 95) tem aromas de carvalho um pouco mais evidentes. O D'Honneur (84/100, R$ 26) tem perfume frutado curto -mas agradável- e paladar redondo e elegante enquanto o Bateleur -mais agressivo e intenso- conquista pela sua fruta e final longo (86/100, R$ 37). No mesmo patamar está o Bon Vallon 86, de sabor rico em fruta (maça, abacaxi, carambola) bem típico de um Chardonnay (86/100, R$ 19). Em contrapartida, os vinhos da Kanonkop se caracterizam pela (grande) robustez. O Cabernet Sauvignon 92, está um pouco novo e áspero ainda, mas tem sabor intenso, com um toque herbáceo e de carvalho muito agradável (87/100, R$ 29,50). Mas o forte da vinícola são os Pinotage (uma variedade tinta criada na África do Sul combinando as cepas francesas Cinsault e Pinot Noirt). É precisamente um deles, safra 95, o destaque da estréia no Brasil. Ele é um vinho de aroma frutado exuberante, que tem paladar rico, denso e tânico marcado por fruta concentrada bem combinada com um toque de chocolate, torrefação e baunilha próprios do carvalho (88/100, R$ 28). Todos os vinhos estão à venda na Mistral Importadora (tel. 011/283-0006). Texto Anterior: "Meus Pratos Inesquecíveis" é gostoso de ler Próximo Texto: NOITE ILUSTRADA Índice |
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