São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997
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SBT faz dramalhão em 45 minutos

CRISTIANA COUTO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Me perdoa, mãe", implora Cícero. "Se mãe não perdoa, quem o fará?", diz Juvência, abraçando-o.
A atriz Cláudia Melo finge chorar ao ensaiar, com Fernando Vieira, a cena final de "Um Homem Especial".
O episódio é o segundo do novo programa semanal "SBT Especial", que a emissora deve exibir nas noites de quarta ou sexta-feira, a partir de junho, após o término da Copa do Brasil.
Gravado em dois dias (em estúdio e numa mansão em São Bernardo do Campo), "Um Homem Especial" tem duração de 45 minutos. "É como se assistíssemos a uma peça de teatro", explica Kreyton Sarzy, que adaptou o texto da mexicana Marisa Garrido.
O primeiro episódio, já gravado, é "A Vingança" e tem Joana Fomm como protagonista.
"Um Homem Especial" conta a história de Juvência (Cláudia Melo), senhora humilde de Pedra Alta, interior de São Paulo, que chega com a filha (Renata Guimarães, como Maria) à capital para morar com Cícero (Fernando Vieira), o filho bem-sucedido por quem sacrificou tudo.
"Cícero é um canalha carreirista, que esquece suas raízes ao renegar a mãe e a irmã", conta Vieira.
O ator ressalta, porém, que a maldade do vilão não é gratuita. "Seu amor por Alice faz com que ele se arrependa", conta o ator, abraçado a Suzy Rêgo.
Com cabelos longos bem lisos, pouca maquiagem e vestindo um discreto paletó bege, Suzy Rêgo é a encarnação da doce Alice, mulher de Cícero, que faz de tudo para unir o marido à família.
Longe das câmeras há um ano, Suzy diz estar emocionada com o novo trabalho. "Estou torcendo para que esse projeto continue, pois abre mercado e é uma boa chance para os novos atores."
No elenco, estão a atriz Renata Guimarães, que estréia na TV, André Garoli, do grupo teatral Tapa, e a ex-garota propaganda da TV Vininha de Moraes.
Garoli é Tomás, irmão de Alice e herói da trama. É ele quem acolhe a família, a leva para um hotel e mostra São Paulo a Maria, por quem se apaixona.
"Tomás é a ponte entre o humilde e o pretensioso", avalia o ator e diretor de teatro, que já fez papéis na TV. "É como se estivesse em um processo de ensaio filmado."
Por ser uma história simples, o teleteatro reforça a caracterização dos personagens. "Enquanto a novela define um papel lá pelo décimo capítulo, os personagens do teleteatro já devem estar prontos antes de abrirem a boca", explica o diretor Antonino Seabra, enquanto refaz a primeira cena, em que Juvência e Maria, em trajes simples e malas na mão, procuram pela mansão de Cícero. (CRISTIANA COUTO)

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