São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997
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TV paga conquista classes B e C

ESPECIAL PARA A FOLHA

A TV por assinatura está perdendo público na classe A e conquistando mais espaço entre as classes B e C no Rio e em São Paulo, segundo resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha pela Globosat.
Em maio do ano passado, 2% dos assinantes pertenciam à classe C -que passaram a 7% em fevereiro deste ano. A classe B, que representava 19% à época, subiu para 34%. Atualmente, 47% dos assinantes têm curso superior completo. Em 96 eram 56%.
O resultado era esperado por Ana Maria Gemignani, gerente de marketing da Globosat. "Em São Paulo, o cabeamento começou nos Jardins e agora se expande à áreas menos nobres". Em 96, em São Paulo, a classe A representava 83%. Caiu para 60%.
No Rio, a queda na classe A foi menos acentuada (64% para 55%), pois o cabeamento demorou para atingir bairros nobres, como Copacabana e Leblon.
O português Isaías dos Santos, 60, ex-dono de padaria, mora na Ponte Rasa (bairro de classe média baixa na zona leste de São Paulo) e pagou R$ 130 à Net pela adesão. Ele só reclama não haver um canal português para ouvir notícias de seu país.
A determinação das classes em A, B ou C depende de posses e formação profissional. Uma família que possua dois carros, um televisor, uma máquina de lavar e cujo chefe tenha curso superior pertence à classe B. Uma família com essas mesmas posses, mas com chefe que tenha cursado apenas o colegial, pertence à C.

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