São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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Pontal terá operação para desarmamento

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Até o final deste mês, deverá ser realizada uma operação de desarmamento no Pontal do Paranapanema (extremo oeste de São Paulo), com a participação das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal.
A operação deverá entrar em fazendas e acampamentos de sem-terra para verificar denúncias de porte ilegal de armas e para procurar foragidos da Justiça. Para isso, as polícias vão usar mandados de prisão e de busca e apreensão.
O desarmamento no Pontal foi decidido pelo Conselho de Segurança do Sudeste por causa do clima de tensão fundiária na região. A operação poderá contar com a ajuda das polícias de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
O ministro interino da Justiça, Milton Seligman, disse que o Exército não será acionado para participar da operação no Pontal, como ocorreu no sudeste do Pará.
Nessa região, cerca de 300 militares do Exército foram acionados para participar da operação de desarmamento iniciada no dia 12 de abril, juntamente com 370 homens das polícias Federal, Civil e Militar.
Até ontem, a operação contabilizou 200 armas apreendidas e 20 pessoas presas.
Comissão de FHC
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) começa a discutir hoje o convite feito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para a entidade participar de uma comissão que irá debater a reforma agrária.
O convite foi feito por FHC durante a audiência concedida aos líderes dos sem-terra, no último dia 18, após a chegada a Brasília da marcha do movimento.
Para definir a posição do MST, reuniões simultâneas das coordenações regionais serão realizadas até o dia 9 em cidades do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A tendência da entidade é indicar um intelectual como representante na comissão.
O MST foi convidado a participar nesta quinta-feira de reunião com o ministro interino Milton Seligman para discutir soluções à escalada de violência no campo -em abril, três pessoas foram mortas em conflitos fundiários.

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