São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997 |
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Manuelzão morre em Belo Horizonte Personagem de Guimarães Rosa tinha 92 anos PAULO PEIXOTO
Manuelzão estava internado desde o último dia 24 para realizar exames, mas já não falava e não conseguia mover o lado esquerdo do corpo, em função da isquemia cerebral sofrida em 28 de abril. O vaqueiro sofria de uma arritmia cardíaca crônica (distúrbios do ritmo do coração), que facilitava a formação de coágulos no cérebro, já que o sangue não circulava normalmente. O corpo do vaqueiro foi velado na tarde de ontem na Faculdade de Medicina da UFMG -que mantém o Projeto Manuelzão, ligado à disciplina de internato rural- e será enterrado às 10h de hoje em André Quicé, distrito de Três Marias (a 337 km de Belo Horizonte), onde ele morava. Às 16h o corpo de Manuelzão seguiu para Cordisburgo (a 115 km da capital mineira), onde o vaqueiro receberia uma homenagem. O corpo seria velado também em Três Marias. Manuelzão era um dos personagens de Rosa, que acompanhou viagens de vaqueiros em 52. Essa viagem está retratada na obra "Grande Sertão: Veredas". Manuelzão ganhou fama quando o escritor mineiro publicou o conto "Uma Estória de Amor (Festa de Manuelzão)", do livro "Manuelzão e Miguilim". Ele era um dos quatro personagens de Rosa, além de Bindóia, Zito e Tião Leite, que estão vivos. Texto Anterior: Prefeitura quer derrubar lei de vacinação de idosos na Justiça Próximo Texto: "Sou amigo de todo mundo", dizia vaqueiro Índice |
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