São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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"Sou amigo de todo mundo", dizia vaqueiro

DA REPORTAGEM LOCAL

"Hoje eu vivo à toa e sou amigo de todo mundo. Estou com todo mundo e não estou com ninguém."
Essa foi a resposta do vaqueiro Manuel Nardi -o Manuelzão- para uma pergunta que, em 1994, tomava as atenções do país: a escolha de um candidato à Presidência.
Há na frase um exemplo e quase uma metáfora. Para uma pergunta concreta, uma resposta poética e, por consequência, literária.
Manuelzão falava como um personagem do romancista Guimarães Rosa. E as criações do escritor deviam algo de suas falas à "oralidade natural" de um homem que passou sua vida entre bois.
Nos últimos anos, declarava que sua profissão estava próxima do desaparecimento: "Boi só anda agora de caminhão".

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