São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997 |
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FHC diz que pode rever limite à importação
FERNANDO GODINHO
Nos últimos 30 dias, o Brasil adotou medidas nesse sentido para tentar reduzir os resultados negativos na sua balança comercial (quando as importações superam as exportações). As decisões não foram submetidas a uma consulta prévia dos parceiros no Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), o que gerou críticas ao Brasil. "Se houver dano, vou mudar. Se afeta (os parceiros brasileiros no Mercosul), vamos corrigir", disse FHC, durante um almoço para cerca de 500 empresários na ADM (Associação dos Dirigentes de Marketing) do Uruguai. Pela manhã, ao se referir à medida mais recente nesse campo (que dificultou o crédito aos exportadores em operações superiores a 360 dias), FHC tinha um discurso menos indicativo dessa possibilidade de mudança. Depois de se reunir com o presidente do Uruguai, Julio Maria Sanguinetti, ele disse ter esclarecido, "expressamente", que as medidas do Banco Central sobre o financiamento dos importadores "não se referem ao Mercosul". Os integrantes da equipe econômica que participam da comitiva presidencial ao Uruguai -entre eles o ministro Francisco Dornelles (Indústria e Comércio)- também afirmam que o Mercosul ficou de fora dessa restrição. FHC disse, ainda, que os parceiros do bloco não devem achar que o Brasil toma decisões desse tipo "para enganar os outros" e que elas devem ser encaradas "com tranquilidade e sem nervosismo". Texto Anterior: Globalização da mídia é debatida na Folha; Contribuição incidirá sobre aviso prévio; Chapecó negocia com frigorífico dos EUA Próximo Texto: EUA cedem a pressão da OMC Índice |
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