São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997 |
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Entidade afirma que factoring não é dependente dos bancos
DA REDAÇÃO O presidente da Associação Nacional de Factoring (Anfac), Luiz Lemos Leite, considera como "mais uma medida discricionária" contra seu setor a fixação, em 15%, do IOF para empréstimos bancários concedidos a empresas de factoring.A alíquota anterior era de 1,5% ao ano, a mesma que não foi alterada para as demais pessoas jurídicas. Mas o impacto sobre as empresas filiadas à Anfac e à Febrafac (Federação Brasileira de Factoring) não será tão grande porque, segundo Leite, a maioria delas opera com recursos próprios e não depende do crédito de bancos. Fundo de recebíveis A dependência deverá ficar ainda menor, anuncia Leite, com a criação de um fundo de securitização de recebíveis exclusivo das empresas de factoring. O fundo será tema da assembléia da Anfac e Febrafac na próxima quinta-feira. Números da entidade indicam que as empresas de factoring têm hoje uma carteira mensal em torno de R$ 1,5 bilhão, com 80% das operações feitas com base em duplicatas. Leite frisa essa participação de duplicatas para desfazer a imagem de que o factoring resume-se à compra de cheques pré-datados, inclusive de pessoas físicas. A compra de crédito de empresas, resultante de vendas a prazo, é uma das atividades das empresas de factoring, que têm como clientes pessoas jurídicas, explica Leite. O contrato com uma pequena indústria, por exemplo, também prevê apoio administrativo, em estratégias de comercialização, cadastro e seleção de clientes etc., afirma o presidente da Anfac. "Nossas empresas não podem ser confundidas com a agiotagem disfarçada de factoring, que compra cheques pré-datados de pessoas físicas", desabafa Leite. Texto Anterior: Em 12 meses, 15% viram 17,6% Próximo Texto: Governo poderá adotar outras medidas para conter consumo Índice |
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