São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997 |
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Governo poderá adotar outras medidas para conter consumo
VIVALDO DE SOUSA
A Folha apurou que o governo optou por uma medida considerada tímida, mas que indica ao mercado que a equipe econômica se preocupa com o volume de crédito oferecido às pessoas físicas. O aumento do IOF de 6% para 15% ao ano, anunciado pelo governo na última sexta, é a mais suave das medidas que vinham sendo estudadas. O governo ainda não avaliou seu impacto. Dados recolhidos junto ao comércio mostram que, nos últimos seis meses, as pessoas físicas estavam sendo financiadas principalmente pelos bancos. Isto é, caiu o volume de empréstimos com recursos próprios do comércio. Uma das medidas que podem ser adotadas é a limitação do prazo de parcelamento das compras pelo crediário. Hoje, elas podem ser parceladas em até 48 meses. Os empréstimos do sistema financeiro às pessoas físicas aumentaram 67,6% entre fevereiro de 1996 e fevereiro de 1997 -passaram de R$ 12,9 bilhões para R$ 21,6 bilhões no período, segundo dados do Ministério da Fazenda. Esse crescimento foi bem maior que o dos empréstimos para comércio, indústria e pessoas físicas no período: 20,18%, de R$ 76,8 bilhões para R$ 92,3 bilhões. Embora o Banco Central ainda não tenha fechado os dados dos empréstimos feitos pelos bancos em março, estima-se é que tenha havido um novo aumento nos financiamentos para pessoas físicas. Dados preliminares do BC mostram que os empréstimos às pessoas físicas para aquisição de bens aumentaram 71,8% de outubro de 1996 até 23 de março último, de R$ 5,32 bilhões para R$ 9,14 bilhões. Texto Anterior: Entidade afirma que factoring não é dependente dos bancos Próximo Texto: Factoring paga mais por crédito bancário Índice |
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