São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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NY sobe 2% e bate recorde histórico

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Nova York subiu ontem 2% e fechou no nível mais alto de sua história, a 7.214,5 pontos. O recorde anterior havia sido estabelecido no dia 11 de março, quando o índice Dow Jones bateu 7.085.
Segundo analistas, três fatores serviram para inflar o ânimo dos investidores norte-americanos.
Em primeiro lugar, o otimismo ainda reflete o acordo fechado na semana passada entre o governo e o Congresso norte-americano, que, se cumprido, eliminará o déficit público federal até o ano 2002.
Em segundo lugar, os últimos indicadores econômicos, que demonstram que a inflação no país está sob controle com bons resultados das maiores empresas.
A novidade foi a alta das ações das duas maiores indústrias de cigarros dos EUA, a Philip Morris e a R.J. Reynolds, que têm forte influência no comportamento do índice Dow Jones. Os dois papéis fecharam com alta de cerca de 10%.
O desempenho foi provocado por uma vitória da R.J. Reynolds, a segunda maior indústria do setor nos EUA, na Justiça da Flórida, que considerou que a empresa não pode ser responsabilizada pela morte de Jean Connor, norte-americano que morreu vítima de câncer no pulmão em 95.
Os investidores temiam que uma decisão contrária à indústria norte-americana do cigarro servisse de jurisprudência para outros processos ainda em andamento.
No mercado de títulos do governo dos EUA, o dia também foi de otimismo, com o rendimento caindo de 6,88% ao ano, no fechamento de sexta-feira, para 6,86%.
O otimismo do mercado norte-americano não foi suficiente para animar o mercado paulista, que caiu 0,8% no dia, demonstrando pessimismo com relação ao futuro da privatização da Vale.
O pessimismo teve reflexo nos preços das principais estatais.
Telebrás PN, por exemplo, caiu 0,7%, e Eletrobrás ON, 1,2%.
Juros e câmbio
No mercado futuro de juros e de câmbio, houve queda das taxas e das cotações. O mercado, no entanto, não está convencido de que o governo não tomará nenhuma nova medida para conter o ritmo do consumo, como fez na sexta com a elevação do IOF.

LEIA MAIS sobre a ação contra a R.J. Reynolds na pág. 1-17

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