São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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Ociosidade reduz investimentos, diz CNI

DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 60% das pequenas e médias empresas brasileiras estão utilizando menos de 80% de sua capacidade de produção, segundo a sondagem do primeiro trimestre realizada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias).
Em consequência desse número, 62,3% das empresas consultadas não fizeram qualquer tipo de investimento no primeiro trimestre, já que têm capacidade ociosa, diz o chefe do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria da CNI, Luiz Carlos Barbosa.
Isso, no entender da CNI, mostra que não está havendo aquecimento generalizado da demanda no país. A entidade ressalta, no entanto, que o aumento do consumo pode estar acontecendo em setores isolados da economia.
Se houve queda na utilização da capacidade instalada -no último trimestre do ano passado, 52,7% das empresas utilizavam menos de 80% de sua capacidade-, em relação ao primeiro trimestre de 1996 houve melhora, já que 66% das empresas estavam com capacidade ociosa de mais de 20%.
Os dados da sondagem empresarial da pequena e média indústria mostram, em geral, piora em relação ao último trimestre de 96, mas melhora quando a comparação é com igual período de 96.
Para a maioria das 650 empresas pesquisadas (223 médias e 427 pequenas), o segundo trimestre será melhor do que o primeiro. Para 58%, as perspectivas são favoráveis. Somente 8,2% têm visão pessimista dos próximos três meses.
O faturamento aumentou para 36% das empresas pesquisadas. No último trimestre de 96, 55% haviam detectado aumento. No primeiro trimestre de 96 o faturamento havia sido maior para 28%.
A carga tributária foi o principal problema enfrentado no trimestre, segundo a pesquisa. Das empresas consultadas, 18% consideraram que essa foi a maior dificuldade. Logo depois vem a redução das margens de lucro (14,9%), a competição acirrada (13,9%) e a taxa de juros elevada (13,2%).
Alca
Aproveitando a realização do Fórum Empresarial das Américas, a ser realizado na próxima semana em Belo Horizonte, a CNI aproveitou a sondagem para fazer uma pesquisa sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Segundo Barbosa, ficou constatado que o pequeno e médio empresários não estão muito informados sobre o assunto. Quase um quarto dos pesquisados (24%) não soube responder qual o impacto da Alca sobre a economia do país.

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