São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997 |
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Aeronáutica recolhe dados sobre óvnis
MAURICIO STYCER
A forma de atuação desse núcleo é alvo de muita discussão. Os ufólogos juram que o Nucomdabra investiga aparições de óvnis, desloca agentes para os locais onde eles podem ter aparecido e monitora o espaço aéreo brasileiro atrás de movimentações suspeitas. A Aeronáutica nega. "O que fazemos é receber informações e arquivar, arquivar, arquivar. Por que não investigamos? Porque não existe uma diretriz específica nesse sentido", diz o brigadeiro José Montgomeri Rebouças, chefe do Centro de Comunicação Social do Ministério da Aeronáutica. "Deve ser um assunto palpitante, porque recebemos muitas informações, mas não damos tratamento científico a esses relatos, nem consideramos discos voadores como ameaça aérea", diz ele. O ufólogo Cláudio Suenaga, autor da tese de mestrado sobre óvnis, constatou em 1991 que o Nucomdabra faz mais do que apenas arquivar informações sobre supostos discos voadores. Suenaga enviou ao órgão fotos que tirou em Guaianazes (zona leste de SP) de um suposto óvni. Parecer preliminar Em resposta, o então major-aviador Mardem José de Andrade, do Nucomdabra, enviou a Suenaga um "parecer preliminar" sobre as fotos, no qual diz que a luz que se vê no céu "parece tratar-se de um rastro de condensação (jet stream), relativo a uma aeronave em grande altitude". Andrade também enviou um questionário-padrão, no qual se pede uma série de informações sobre o óvni, tais como a "posição do objeto", a sua forma, tamanho, cor, velocidade e rastro, a trajetória e a duração da observação. O questionário, com 14 itens, está impresso num papel sem timbre, da mesma forma que a carta do major-aviador Mardem de Andrade, que é assinada. (MSy) Texto Anterior: Gabeira e Lindberg discutem engajamento estudantil Próximo Texto: Série conquistou fãs em todo o mundo Índice |
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