São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Atenuante de Paula é idade

DA SUCURSAL DO RIO

O promotor José Muiños Piñeiro Filho considera a acusação a Paula Thomaz "tecnicamente mais fácil" que a feita a Guilherme de Pádua no julgamento em que o ator foi condenado.
Isso porque Paula é acusada de participar do assassinato de Daniella Perez, enquanto Pádua foi julgado pela autoria dos 18 golpes de tesoura ou punhal que mataram a atriz.
Na teoria, se for condenada, Paula poderá receber uma pena até maior que a de Pádua. Isso porque, tal como o ex-marido, ela é acusada de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima.
Na prática, porém, Paula dificilmente será condenada a pena maior que Pádua. O próprio promotor lembra que ela tem uma atenuante, prevista em lei: na ocasião do crime, era menor de 21 anos -tinha 19.
A novelista Glória Perez, mãe da vítima, espera para Paula uma pena pelo menos igual à de Pádua. "Ela é tão culpada quanto ele."
Estratégia
Assim como a defesa, a promotoria deverá apresentar somente uma testemunha no julgamento: o advogado Hugo da Silveira, que afirma ter visto Paula Thomaz no local onde o corpo de Daniella foi achado e no horário aproximado do crime (20h30).
Os promotores Muiños Piñeiro e Maurício Assayag estão tentando incluir, entre as testemunhas de acusação, os policiais civis que teriam ouvido Paula confessar o crime em conversas informais.
Para a promotoria, o álibi de Paula -que diz, sem testemunhas, ter estado em um shopping no momento do crime- não convence.

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