São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997 |
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Entenda a alavancagem
GABRIEL J. DE CARVALHO
Nesse intervalo, consegue vender o mesmo apartamento por R$ 210 mil. A rentabilidade não foi de 5%, ou seja, dos R$ 210 mil sobre R$ 200 mil, mas de 110%. A base, no caso, foi seu capital de R$ 100 mil. Esse exemplo pode explicar, para o leigo, o desempenho surpreendente dos fundos mais agressivos, que fazem a chamada alavancagem (comprar mais com menos dinheiro) nos mercados de opções etc. O jogo é arriscado porque, na operação, o apartamento pode ser vendido por apenas R$ 190 mil. Aí a perda seria de 10%, ou R$ 10 mil dos R$ 100 mil. É por isso que o valor da cota desses fundos oscila para baixo e para cima. Há fundos tão agressivos que o cotista pode ser chamado a fazer um aporte de capital, tamanho o prejuízo que pode dar. O consultor Paulo Possas, da PJ Possas Gestão de Patrimônio, recomenda cautela a quem está disposto a correr riscos. É necessário que se conheça o administrador, como ele vai operar a carteira, e que a opção seja por um fundo que garanta pelo menos o principal, aconselha. Carteira Tanto os fundos de ações tradicionais quanto os carteira livre devem aplicar 51%, no mínimo, em papéis negociados na Bolsa. Mas o primeiro grupo não pode ter mais do que 5% de cada ação, o que dilui os riscos do investidor. Já o fundo carteira livre é dispensado desse limite. A legislação não impede, por exemplo, que o administrador tenha 100% da carteira em Telebrás. Ou faça alavancagem nos mercados futuros, de opções etc. Nos FIFs, a alíquota do Imposto de Renda no resgate de cotas é de 15%, contra 10% nos de ações e carteira livre. Entre os FIFs de 60 dias, há também os livres, mais agressivos. (GJC) Texto Anterior: Carteira livre cresce 121,4% em 4 meses Próximo Texto: Arquivos podem ser guardados em CDs Índice |
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