São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997 |
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RN cresceu o dobro do Nordeste em 96
VANDECK SANTIAGO
A taxa de crescimento do Estado foi de 8,2% -duas vezes maior que a do Nordeste, que foi de 4,1%, e quase três vezes maior que a do Brasil (2,9%), no mesmo período. "É uma taxa espantosa, de China", afirmou o economista responsável pelo estudo, Herôdoto Moreira, coordenador do Departamento de Informação para o Planejamento da Sudene. Em segundo lugar está o Maranhão (7,3%). Em seguida, o Ceará (6,8%), Paraíba (5,6%), Piauí (5%) e Sergipe (4,6%). Os últimos lugares ficam para Bahia (3,4%), Pernambuco (3,3%) e Alagoas (3%). O Rio Grande do Norte também se mantém em primeiro lugar na região quando a análise abrange um período de tempo mais longo: de 1970 a 95, segundo estudo da Sudene, o Estado cresceu a uma taxa média anual de 7,9%, superior a de todos os outros do Nordeste. "O Rio Grande do Norte é o Estado mais certinho do Nordeste", disse Moreira. Renda O Rio Grande do Norte, governado por Garibaldi Alves Filho, teve também, em 96, o maior PIB per capita do Nordeste: R$ 3.013, superior ao da região, que é de R$ 2.578, segundo a Sudene. O crescimento da renda per capita do Estado foi a maior do Brasil no período que vai de 79 a 94, de acordo com outro estudo, coordenado por Álvaro Zini, da Faculdade de Administração e Economia da USP (Universidade de São Paulo), e divulgado em junho de 96. Esse estudo constatou que, no período, a renda no Rio Grande do Norte cresceu 3,3 vezes. A de São Paulo cresceu 1,4 vez e a do Rio de Janeiro, 1,6 vez. O que tem alavancado a expansão econômica do Rio Grande do Norte é o setor industrial, principalmente a produção de petróleo, disse o economista Moreira. O Estado é o maior produtor de petróleo do Nordeste e o segundo maior do país, segundo ele. Outras áreas do setor industrial em expansão no Estado são a de construção civil e a de energia elétrica. Caos O Estado com o pior índice no estudo da Sudene, Alagoas, deve seu mau desempenho "ao caos de suas contas públicas", disse Moreira. Em Pernambuco -que aparece em penúltimo lugar, na frente apenas de Alagoas-, a crise do setor canavieiro é o que tem "puxado o Estado para baixo", disse. Texto Anterior: Fornecedor de solução Próximo Texto: 'Clubes do bolinha' são divãs masculinos Índice |
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