São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Reuniões britânicas são mais tradicionais

CLAUDIA GONÇALVES; PAULO HENRIQUE BRAGA; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a maioria dos grupos masculinos que se reúnem em São Paulo toleram, por vezes, a presença feminina, isso não ocorre nos clubes "only for men" de Londres.
Entre os mais tradicionais estão o Garrick Club, o White's Club e o Athenaeum.
Fundado em 1831, o Garrick tem cerca de 1.300 sócios e localiza-se no bairro de Convent Garden (centro de Londres).
Para se associar, além de pagar 816 libras esterlinas (US$ 1.300, aproximadamente), é necessário ser apresentado por dois membros e obter assinaturas de apoio de outros oito ou dez. A lista de espera é de sete anos e a anuidade custa as mesmas 816 libras do título.
O Garrick tem um salão de jantar, salas de leitura, de bilhar e para jogo de cartas.
O White's Club também fica no centro de Londres e existe há 303 anos. Mais exigente do que o Garrick, esse "clube do bolinha" britânico exige que os aspirantes a sócio apresentem assinaturas de aprovação de outros 20 membros -além, é claro, de serem apresentados pelos dois sócios de praxe.
Mulheres, às vezes
Menos impermeáveis à presença de mulheres do que seus "primos" ingleses são o Club Macanudo, em Nova York, e o Nacional Club, em São Paulo.
Localizado na esquina da 63 street com a Madison avenue, em Manhattan, o Macanudo reúne apreciadores de charuto e bebedores de uísque.
Apesar de seu quadro de associados ser formado por 136 homens, as mulheres comparecem, às vezes, acompanhadas por algum membro. A anuidade do Macanudo custa US$ 800.
Fundado em 1958 e frequentado por executivos, presidentes de grandes empresas e banqueiros, o Nacional Club, no Pacaembu (zona oeste de São Paulo), barrou a entrada de mulheres até 1961. Dessa data até 1969 elas podiam entrar acompanhadas por homens. Daí em diante, o trânsito feminino foi liberado dentro do clube.
"Hoje temos 90 sócias, a maioria empresárias", diz Nilo Ramos, diretor de promoções. O título do Nacional é pessoal e custa R$ 5 mil.
(CG)

Colaboraram Paulo Henrique Braga, de Londres, e João Carlos Assumpção, de Nova York

Texto Anterior: 'Clubes do bolinha' são divãs masculinos
Próximo Texto: SP ganha loja só de hortifrutigranjeiros
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.