São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Greve agora só sai em "último caso"

DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

O 2º Congresso dos Metalúrgicos do ABC deixou em evidência que existe entre a categoria uma nova maneira de atuação política, marcada pela busca da negociação.
"As greves estão cada vez mais caras, para trabalhadores e para a empresa", disse Luiz Marinho, presidente do sindicato.
Em suas resoluções finais, o congresso poderá aprovar uma recomendação para que a greve seja feita apenas em último caso.
"Se o ABC faz uma greve, a Fiat (que tem fábrica em Minas Gerais) aumenta sua participação no mercado, os modelos importados aumentam suas vendas", afirmou Marinho. "Diminui o mercado das indústrias do ABC, diminui a produção, diminui o emprego."
O presidente do sindicato disse que a priorização da negociação não significa que o movimento sindical esteja abrindo mão das greves.
"Muitos impasses só se resolvem com greve, e não hesitaremos em continuar a usá-la quando necessário. Mas é importante buscar um processo de entendimento", afirmou.
Segundo Marinho, esse tipo de raciocínio tem respaldo cada vez maior entre os metalúrgicos do ABC.
"O movimento sindical vive um processo de evolução e tem condição de negociar de cabeça erguida", afirmou.

Texto Anterior: Congresso dura seis meses
Próximo Texto: Raio X do Congresso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.