São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Estréia de Depp na direção tem Brando, mas decepciona crítica

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A crítica ficou decepcionada ontem em Cannes com o filme "The Brave", a estréia como diretor do ator Johnny Depp, que conta com uma breve aparição de Marlon Brando.
O filme de mais de duas horas mostra a vida rural, sem ilusões ou esperanças, de uma comunidade índia e mexicana do sul dos Estados Unidos.
Raphael (interpretado pelo próprio Depp) vende sua vida a McCarty (Brando), um moderno anjo da morte, para salvar sua família da miséria.
Segundo a crítica, a breve aparição de Brando não é suficiente para compensar a languidez de algumas cenas e o excesso de cores pastel e telas completamente avermelhadas por sucessivos pores-do-sol.
Em entrevista coletiva, Depp disse que foi uma bênção trabalhar com Brando e que não é preciso dirigí-lo, basta apenas fazer a câmera funcionar. Qualificou o ator veterano de "incrível maestro, amigo, guru, herói e anjo" ao rebater a existência de um ideal de vida norte-americano e sair em defesa dos direitos dos índios nos Estados Unidos.
Também seria apresentado ontem à imprensa "The End of Violence" (O Fim da Violência), de Wim Wenders. O filme conta a história de dois assassinos profissionais que devem eliminar o produtor de cinema Mike Max (Bill Pullman), que deve sua carreira à exploração da violência.
O filme será exibido oficialmente na mostra competitiva hoje, dia da comemoração dos 50º aniversário do festival, que contará com a presença do presidente francês, Jacques Chirac, entre outras personalidades.
Dentro da mostra Um Certo Olhar, também serão exibidos hoje dois capítulos inéditos da série "Histories du Cinema", de Jean-Luc Godard.

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