São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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"Parabenizo a polícia pela eficiência", diz Graça

DA REPORTAGEM LOCAL

Há mais de quatro anos foragido, Antônio da Mota Graça disse que "odeia drogas". "Não bebo nem fumo." Ele não quis falar sobre as acusações de ser um dos mais importantes traficantes internacionais de droga do Brasil.
Preso na Polícia Federal em São Paulo, ele elogiou os policiais. "Parabenizo a polícia pela eficiência." Leia, a seguir, trechos de sua entrevista.
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Folha - Você é o responsável, como diz a polícia, pelo transporte de grandes carregamentos de droga do cartel de Cali?
Antônio Mota Graça - Não tenho nada a declarar sobre isso. Parabenizo a polícia pela eficiência. Fazia poucos dias que eu havia voltado ao Brasil. Fiquei quatro anos por aí e só fui preso aqui.
Folha - Você é um homem rico?
Graça - Meu patrimônio se resume a US$ 300 e a uma calça jeans. Fugir foi um mau negócio.
Folha - Como foi sua fuga?
Graça - Paguei US$ 10 mil para fugir. Quem não tem dinheiro não sobrevive na Detenção. Lá dentro é a lei do cão, não tem pai nem padrinho. Tem que fazer faca, vender fumo; é a lei do cão.

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