São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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Brasil não é mais 'primo pobre'

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Na nova ordem fonográfica mundial, ao menos, o Brasil conseguiu entrar no Primeiro Mundo.
Em 1996, o Brasil atingiu o sexto posto no ranking dos mercados fonográficos, com um crescimento de 35% e um faturamento de US$ 891 milhões.
Na frente do Brasil estão apenas EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido e França.
Coincidência ou não, o ingresso nesse clube fechado ocorreu após a implantação do Plano Real.
Entre 1989 e meados de 1994, o setor enfrentou recessão. Nos últimos três anos, o país ocupava a 13ª posição, atrás de México, por exemplo.
Além disso, as últimas grandes fábricas de vinil, que faziam com que o Brasil fosse o maior produtor mundial de LPs até 1995, foram fechadas.
Este ano, oficialmente, o mercado trabalha com uma expectativa de crescimento entre 5% e 10%. Essa é a previsão repassada para as matrizes. Mas a Folha apurou que as gravadoras esperam um aumento de 15% a 20% nas vendas. O que faria com que o faturamento do setor ultrapassasse o bilhão de dólares.
Beneficiados
Os maiores beneficiados com esse aumento são os artistas nacionais. Na hora de repartir o bolo, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Disco, eles ficam com um pedaço de 72%. E essa margem aumentou 4% no ano passado.
No ano passado, por exemplo, apenas sete discos conseguiram atingir uma vendagem de 1 milhão de cópias. Além de Roberto Carlos, a trilha da novela "Rei do Gado", "Segura o Tchan" (É o Tchan), "Zezé Di Camargo e Luciano", "Tá Delícia, Tá Gostoso" (Martinho da Vila), "Calango" e "Samba Poconé" (Skank).
(LAR)

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