São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Câmara de Ubatuba diminui verba para "Hans Staden"
LUCILA GUEDES
O pedido original do prefeito Zizinho Vigneron (PRP) era de R$ 250 mil. O custo do filme foi estimado em R$ 1,5 milhão. A sessão foi acompanhada por oito líderes da aldeia de índios guarani da fazenda Boa Vista, na costa norte de Ubatuba. Os índios devem trabalhar como figurantes no filme sobre o navegador Hans Staden, previsto para ser rodado em agosto, segundo o diretor Luís Alberto Pereira. O cacique da aldeia, Marcos Tupã, foi picado por uma cobra anteontem e não esteve na Câmara. Os vereadores não permitiram que os índios falassem na sessão. "Qualquer ajuda é boa. O filme vai mostrar a nossa cultura. No Brasil, pouca gente sabe ler, mas muita gente assiste filme e TV. O filme vai ajudar a mostrar nosso passado", afirmou o guarani Cláudio Silva, 19, escalado como "ponta" em "Hans Staden". O filme conta a história de Staden, navegador alemão que naufragou no litoral brasileiro no século 16 e foi capturado por índios antropófagos. O diretor Luís Alberto Pereira disse que esperava receber, no mínimo, R$ 120 mil de ajuda da Prefeitura de Ubatuba. "Eu ia até fazer dois vídeos institucionais da cidade, mas vou rever o acordo com o prefeito." Os vereadores Agenor de Paula (PMN) e Davi Praxedes (PMDB), que votaram contra o repasse, disseram que a cidade precisa receber ajuda e não dar dinheiro. "Ubatuba é pobre. Os R$ 250 mil pedidos são quase 30% que temos para investir em cultura em todo o ano", disse Praxedes. Texto Anterior: Filme é comédia de uma piada só Próximo Texto: Titãs produzem um acústico vigoroso Índice |
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