São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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Manifestantes usam humor para pedir início de comissão

Os funcionários públicos que se manifestaram ontem a favor da abertura da CPI da Reeleição deram preferência aos protestos em tom de ironia.
No Rio, o Sindicato dos Bancários (filiado à CUT), encenou uma esquete teatral.
O personagem Fernando Henrique Comproso, vivido por Marcos Hamellin, distribuía cédulas de dinheiro fictício, com carimbo do "Banco Planalto". O ato foi realizado em local de intenso movimento (avenida Rio Branco, no Centro) e teve uma platéia de, em média, 70 pessoas.
"O 'Senhor X' investigou. O jornal já publicou. O deputado Ronivon confirmou: o governo de FHC comprou votos para aprovar a reeleição. CPI nelle!", dizia o verso da cédula.
Em Brasília, funcionários públicos abordaram parlamentares que desembarcavam no aeroporto da cidade com o objetivo de "comprar" o seu voto.
Já o Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações) adotou um tom mais sério. "Telecomunicação não é moeda pra reeleição", dizia uma faixa estendida pela entidade na Esplanada dos Ministérios.
Tom semelhante seguiu outra faixa, estendida pela CUT no local: "Para o povo, 120 de mínimo. (...) Para os parlamentares, 200 mil de propina".

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