São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997 |
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Passagem deve aumentar para R$ 0,90
ROGÉRIO GENTILE
Não haverá elevação no valor do subsídio bancado pela prefeitura, segundo informou ontem o prefeito Celso Pitta. O novo valor da tarifa, ainda não divulgado (depende da confirmação do salário dos trabalhadores, que decretaram greve ontem), passará a valer em junho. O mais provável é que a nova tarifa seja de R$ 0,90, um aumento de 12,5%. Há possibilidade, porém, de chegar a R$ 1,00. Segundo Pitta, o valor não está definido. Nos últimos 12 meses, a inflação segundo a Fipe foi de 7,91%. Desde a implantação do Plano Real, em 1º de junho de 1994, a inflação registrada pela Fipe foi de 64%. A passagem, porém, subiu mais: 91,89%. Atualmente, a passagem de ônibus custa R$ 0,80, mas a prefeitura repassa R$ 0,85 para as empresas. A diferença é o subsídio, que é pago pelos cofres públicos. "Não vamos aumentar o subsídio para não comprometer outros programas sociais", afirmou Pitta. Fim do subsídio Com o aumento para R$ 0,90%, a prefeitura vai é acabar com o subsídio para a passagem normal. Isso porque o reajuste salarial de 8%, determinado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), representaria um aumento de R$ 0,05 no custo do sistema. Como a tarifa deve subir para R$ 0,10, a prefeitura deixará de subsidiar a passagem normal, bancando apenas o subsídio das passagens gratuitas (bilhete do trabalhador, bilhete escolar etc.). Dessa forma, o montante subsidiado pela prefeitura seria reduzido pela metade, ficando em cerca de R$ 8 milhões por mês. As empresas, porém, não estão satisfeitas. Dizem que, com a previsão de aumento salarial, o custo real do passageiro transportado passará a ser de R$ 1,17. Maurício Lourenço da Cunha, presidente da Transurb (sindicato patronal), afirma que houve uma redução de cerca de 20 milhões de passageiros transportados por mês no último ano. "Com isso, o custo por passageiro subiu." A atual tarifa dos ônibus paulistanos (R$ 0,80) é maior que a do Rio de Janeiro (R$ 0,55), menor que a de Brasília (R$ 0,90) e menor do que a do ABC (R$ 1,00). Neste ano, os motoristas já entraram em greve no dia 22 de janeiro para obter participação nos resultados. Conseguiram o pagamento de duas parcelas de R$ 200. No dia 8 de maio, o sindicato fez uma greve relâmpago para pressionar pelo aumento salarial. Texto Anterior: Prefeitura de Tremembé vai demitir hoje 130 servidores Próximo Texto: Paralisação conjunta foi definida dia 13 Índice |
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